Mostrando postagens com marcador mídia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador mídia. Mostrar todas as postagens
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Vergonha!
Com uma dissertaçao a ser finalizada, muitas páginas por serem lidas e muitas palavras pedindo para serem inseridas, ainda existem fatos que me calam por seu tom de absurdo, e por isso me trazem aqui. Apesar do vídeo falar por si, eu não consigo ignorar o "show" particular deste indivíduo que se diz jornalista e se coloca como um retrógado devensor de uma burguesia decadente e, absoluta e completamente, cega e ignorante.
Este fato me lembra outro represente desse clã que há muitos anos infesta nosso país. Há algum tempo, este se armou com seu martelo e decidiu, em nome de muitos interesses obscuros, acabar com o diploma de jornalismo - declarando que a dita profissão não necessita de formação técnica, ética ou teórica ... o resultado? acho que o vídeo elucida bem o que devemos esperar da grande mídia nos próximos anos ... Não que o diploma seja a garantia de um jornalismo sério e responsável, sempre haverá um grande número de idiotas com seu diploma na parede atuando de forma indevida, mas através da formação acadêmica existe uma luz ou uma chance de salvar algumas almas.
Não é aceitável que um profissional que deveria atuar em nome da sociedade, amplificando suas vozes, utilize o espaço público da mídia para humilhar e responsabilizar a população pobre pelos erros de um sistema corrompido que é alimentado e exaltado pelo veículo no qual trabalha. Sinto-me envergonhada.
No que diz respeito ao discurso inflamado e pouco embasado apresentado pelo jornalista não é preciso de nenhum livro para desfazê-lo, apesar de haver bibliografia vasta sobre o tema que ele parece desconhecer. Todos os finais de semana ou feriados temos sim um grande número de acidentes de trânsito, mas a maioria dos "camaradas"que os causam estão dirigindo um ótimo carro, com tanque cheio e motor potente. É comum que eles se coloquem como donos do mundo, donos da estrada, impassíveis a lei ... mas estes não são os "miseráveis" como expõe o jornalista, são normalmente os filhos de uma classe média alta que os cria para agirem de forma irresponsável, auto-suficiente e arrogante - exatamente a postura apresentada por esse senhor decadente que maculou, irremediavelmente, sua imagem como profissional, ser humano e, por conseguinte, a imagem de sua emissora.
terça-feira, 13 de julho de 2010
Sedentos por sangue: o show da vida real ganha a tevê
Não adianta fazer cara de espanto e salientar sua piedade ou indignação. Por mais absurdo que possa parecer, há um prazer mórbido velado por trás de tanto interesse pela tragédia alheia e seus personagens.
O caso Bruno foi comentado nos mínimos detalhes por toda mídia, após a saída da seleção da Copa do mundo, as emissoras receberam como um presente o show de horror protagonizado pelo ex-goleiro do Flamengo. Que a notícia deve ser dada, é óbvio ... que o desenrolar do caso precisa ser acompanhado, concordo, mas daí a apelar para uma cobertura recheada de apelos e excessos é absoluto desrespeito.
Se não existem novos fatos, não há porque continuar buscando formas cada dia mais absurdas de fazer o assunto render não apenas matérias, mas, principalmente, audiência que, no caso, significa muito dinheiro.
Jornalistas conversam com médiuns, investigam a vida da vítima, expõem suas virtudes e fracassos, tudo para conquistar mais e mais telespectadores viciados na depreciação e espetacularização da vida humana ... e com isso, me desculpem, mas não sou conivente.
Não há como não se indignar com as matérias que, diariamente, fazem questão de trazer os detalhes mais cruéis da morte de uma garota que teve o azar de cruzar com um psicopata. Acho justo e entendo que exista um interesse em casos como esse, mas existe um limite que divide a indignação e o assombro com o macabro prazer de assistir a tragédia alheia.
O comportamento sádico das pessoas que não se cansam de querer "experimentar" na segurança de seu lar o drama e o sofrimento dos outros, é o grande responsável pelo sensacionalismo e pela crescente "novelização" da violência real.
Quem DIZ QUE:
Mabel Teixeira
às
18:19
3 comentários:
Marcadores:
Caso Bruno,
crime,
Indignação,
mídia


Assinar:
Postagens (Atom)